O BUDA QUE NASCE DA
LAMA
O 08 de dezembro é celebrado como o dia da Iluminação
do Buda, de acordo com o calendário budista. Há cerca de 2.500 atrás, um jovem
príncipe chamado Sidarta Gautama decide romper com a vida nos palácios e unir-se
aos monges ascetas em busca de respostas
aos seus questionamentos acerca da vida e da morte e o porquê de tanto
sofrimento. De maneira dócil, mas
decidido, ele transgride a autoridade
paterna, deixa mulher e filho e lança-se na busca . Sai do extremo de uma
realidade para o extremo de outra, do conforto dos palácios para a vida de
monge mendicante, um asceta na floresta,
vivendo ao relento e com muitas privações. Após 6 anos vivendo no limite, relativiza e decide por um caminho intermediário. Decide
permanecer em meditação, sentado em
lótus completa, embaixo de uma árvore fícus religiosa, até atingir a
iluminação. Após 7 dias e noites, no
despertar do 8º dia atinge o completo despertar, acessando um nível tão
profundo de consciência que nossa mente comum não consegue imaginar.
Todos os mosteiros, templos e
centros de prática no mundo celebram essa data em retiro, geralmente do dia 1º
de dezembro até o raiar do dia 08. Nossa comunidade costuma celebrar essa data
com um retiro de um dia, chamado zazenkai. Quando iniciei a preparação do
material de divulgação me ocorreu colocar uma flor de lótus, que simbolicamente
significa a capacidade que temos para encontrar nossa natureza original, nossa
capacidade búdica, nossa capacidade para sair da ignorância e adentrar a mente
desperta, mesmo em meio ao sofrimento, tal qual a flor de lótus, que nasce na
lama, da lama, sem ser maculada por ela. Nasce pura e bela, tal qual o Buda,
que após ser arrebato pelo sofrimento, o supera através da suprema e perfeita
sabedoria.
Em meio a confecção desse
material, acontece a tragédia de Mariana, os ataques terroristas em Paris, a
execução pela polícia dos cinco jovens
no RJ, a decisão do governador de SP de
fechar escolas, e por último a abertura do processo de impeachment da presidenta
Dilma, um golpe na democracia e na soberania popular. Ou seja, é lama pra todo lado.
Samsara e nirvana, paraíso e
inferno, o bem e o mal, Mara e Buda , diabo e anjos...não são entidades
separadas. Estão interagindo o tempo todo como entidade única que opera em cada
um de nós e na sociedade como um todo. Muitas vezes estamos imersos no
sofrimento e é necessário fazer contato,
sentir nossas dores, sentir as dores do outro, da sociedade como um todo. Como
fizeram as meninas e os meninos, estudantes de São Paulo, emergiram feito
pequenos Budas em meio ao caos. É através desse sentir que vivenciamos a
compaixão – com paixão, contato fecundo entre mente, corpo e coração. Ouvir e
sentir as dores e lamentos do mundo, e quem sabe assim nosso Buda interior se
manifeste. Em benefício de nós mesmos e de todos os seres.
Gasshô
Le vol en brousse est intrinsèquement dangereux, mais ces gars rendent les choses faciles.replique rolex Regardez-le non seulement pour en savoir plus sur le vol sauvage dans le True North Strong and Free, mais aussi pour le merveilleux style de narration qui est si difficile à trouver de nos jours.fausse montre Le court documentaire est tourné au Manitoba et plonge dans l'incroyable tradition des pilotes de brousse environnants en tant que héros de la société rurale canadienne.
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